Ouvi o álbum "Rubber Soul" dos Beatles (1965) e escrevi meus pensamentos

 Se alguém colocasse esse álbum pra tocar e não me dissesse o nome, eu não saberia dizer que era dos Beatles. Ele soa mais leve, com uma pegada de rock clássico misturado ao folk, soando mais "agradável" do que "revolucionário" em um primeiro momento.


As músicas parecem falar mais sobre amor e bem-estar, me fazendo imaginar uma tarde de passeio no parque ou uma cena de filme antigo onde os personagens se apaixonam em câmera lenta.

Minha mãe disse que algumas faixas pareciam sair de um filme preto e branco — e apesar do exagero, entendi o que ela quis dizer. Tem uma qualidade sonora bem limpa, com vocais harmonizados, pandeirolas, chocalhos, e um uso muito musical da voz, como falsetes e vocalizes que se destacam mais do que batidas pesadas.

A produção é extremamente bem feita, mas tudo parece muito "certinho", sem um grave dominante, talvez pra caber direitinho nos rádios da época. O baixo, ainda que discreto, já flerta com algumas experimentações — e isso faz sentido, já que esse álbum marcou a primeira vez que os Beatles gravaram com tempo livre de turnês ou compromissos.


Inclusive, olhando o visual dos quatro com aquele corte de cabelo igual, me parece uma fase antes da rebeldia, anterior aos delírios psicodélicos. E de fato é: Rubber Soul veio antes de Revolver e Sgt. Pepper, e foi a transição que fez os Beatles deixarem de pensar em singles isolados e começarem a tratar o álbum como arte.

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